Repousar a cabeça em seu regaço
"Se foste a enfermeira de S. Isabel, como não
o serás também para mim, que sou teu filho? Madrecita,
quando estou enfermo, como ontem, fisicamente, ou quando estou enfermo
espiritualmente, o que acontece com muita freqüência,
talvez várias vezes ao dia, não será então
o mais prudente chamar-te para que, junto da cabeceira da minha
cama, te desveles por minha doença? Não somente como
mãe, mas igualmente como enfermeira solícita saberás
cuidar de mim nessas ocasiões. Está bem então
o que pensava ontem, nesse semi-delírio de dores e de febre:
em tais ocasiões chamo-te ao meu lado e me recosto brandamente
em teus braços maternos como o faz o Menino Jesus, apoio
minha cabeça dolorida em teu regaço e aí descanso
e durmo ..." (08.10.1957)
Parece que todas as desarmonias e dores do corpo juntam-se na cabeça.
Exausto, todo movimento é demasiado esforço e mesmo
os pensamentos são confusos, porque ordená-los custaria
novamente esforço!
O vento-norte quente e úmido nos dias de primavera e de verão
no sul do Brasil, atormenta Mario; ele procura proteger-se com óculos
escuros, porém, muitas vezes não há outro meio,
senão ficar repousando.
Deus permite que ele experimente as limitações de
seu corpo. Não deveria ele refletir sobre a missão
do leigo para uma renovação cristã do Chile,
do Brasil, etc.? Com essa dor de cabeça, isto é impossível!
Não deveria ele colaborar na construção dessa
sociedade? De momento não há forças para nada.
Mas com tudo isto, não o preocupa o prejuízo material
que terá por sua doença, mas simplesmente aprofunda
seu relacionamento com sua "Madrecita" e por ela, com
Deus.
segue: Uma mãe forte
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